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BLOG LUÍS MACHADO. André de Paula de galho em galho

  • Há uma máxima, de que ‘todo político almeja o poder’ e até certo ponto isso faz sentido. Mas só até certo ponto, mesmo! Buscar o poder, pelo poder, tem tudo a ver com o pernambucano, ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, presidente estadual do PSD, em Pernambuco.

André é um político forjado na chamada escola macielista, espelhada nos princípios do ex-vice-presidente da República, Marco Maciel, falecido em junho de 2021. Dessa escola emergiram nomes como Roberto Magalhães, José Múcio Monteiro, Gustavo Krause e uma lista respeitável de políticos que, malgrado estarem fora da política (exceto o atual ministro da Defesa, José Múcio), ainda são lembrados como pessoas vitoriosas e de reputação induvidosamente ilibada.

Pois muito bem. André escalou mandatos de vereador, deputado estadual, secretário de Estado e deputado federal – passando por candidaturas majoritárias a prefeito do Recife, bem como a senador da República (esta última no palanque da derrotada candidata ao governo do Estado, Marília Arraes, em 2022), não logrando êxito nas duas últimas modalidades disputadas.

Malgrado não ter montado chapa em seu Partido (o PSD não tem um deputado estadual eleito, sequer), por ser exímio articulador, André de Paula – e por gozar de prestígio, junto à cúpula do partido, em Brasília – conseguiu emplacar seu nome, na cota da legenda, como ministro de Lula.

Seguindo o “modus operandi” dos caciques da velha política pernambucana, o ministro, que já havia colocado a filha Cacau de Paula, no Governo João Campos como secretária de Turismo, agora deu as costas ao PSB, jogando o partido dele no colo da governadora Raquel Lyra (desafeta do PSB do prefeito João Campos), como se este não fosse candidato natural à reeleição, em 2024 e, como tal, não necessitasse do apoio dele, André.

E por que André emplacou a filha no Governo Raquel, sem ter um parlamentar, sequer, na Alepe, ao contrário do PP, que tem oito e não ganhou nada, até agora? É porque o partido do ministro, em Brasília, está na base do Governo Lula e, como a governadora se aproxima cada vez mais do petista (já visando cair fora do barco tucano), em princípio, estaria “tudo em casa”.

Ora, quem acompanha a cena política, sabe como é que a banda toca. Almejar o poder é uma coisa. A outra coisa, é querer está sempre com quem esteja no Poder, seja lá quem for e isso, decididamente, não é republicano. Este está sendo bem o caso de André de Paula que, por suas ações tem sido ultimamente uma espécie de novo ícone do fisiologismo político, no Estado. Isso apequena o PSD, pondo na sigla, a tarja indelével da incoerência, para não dizer, “deslealdade branca”.

Bem ao contrário dos novos Coelho (filhos de FBC), de Petrolina, por exemplo – que via de regra, submetem-se às urnas – Cacau de Paula era até pouquíssimo tempo completamente desconhecida. Não se questiona, aqui, suas qualidades técnicas, se é que as tenha e espera-se que sim.

O viés da presente reflexão circunscreve-se no âmbito da representatividade, o que não é o caso da filha do ministro André de Paula. E não só. Cinge-se também, no campo da coerência. Afinal, o que tinha de bom no colo do PSB de João, que agora já não tem e que teria transmutado-se assim, do nada, para os braços de Raquel Lyra?

Das duas uma: Ou André de Paula escafedeu-se da escola de Marco Maciel ou em verdade, lá ele nunca esteve, como bom aluno. Convenhamos!

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*Comento, argumento. Só não invento!

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