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BLOG LUÍS MACHADO. AS DORES DE RAQUEL E MARÍLIA. Quinta-feira, 13-10-2022

  • De alguma forma é possível perceber que não são poucos os que sofreram ou sofrem, nesta campanha, quer seja para estadual, quer seja para federal. Têm sido muitos os ingredientes que, na receita acabaram fermentando o bolo, ao sabor (ou dissabor) das circunstâncias de cada candidato. Foi assim no primeiro e está sendo no segundo turno das eleições. Hoje nossa reflexão dirige-se às candidatas ao Governo do Estado de Pernambuco.

Quem não tem acompanhado, por exemplo, o calvário percorrido por Raquel Lyra e até mesmo por Marília Arraes, ambas candidatas ao Governo do Estado? A primeira, em particular, por ter perdido subitamente o marido, no exato dia das eleições de primeiro turno (02.10.2022) e agora uma cirurgia no filho de 12 anos e a segunda, por todos os percalços enfrentados até mesmo antes de sua pré-candidatura, junto ao partido ao PT, sem falar que está ela grávida e só isso a debilita física e emocionalmente.

Ambas enfrentam batalhas pessoais à parte, como se os demais perrengues de uma campanha majoritária não fossem suficientes a desgastá-las. Entre os citados ingredientes estão elementos como estratégias, alianças, enfrentamentos a imprevistos que, neste caso fogem ao controle, já que têm a ver com a índole ou personalidade de lideranças, muitas delas sem qualquer escrúpulo, a ponto de mudarem de lado com a mesma facilidade como se muda de roupa.

Mas, a “via crucis” não termina aqui. É que, com a novidade das fake news, o que num dado momento era parâmetro de aferição, mediante pesquisas publicadas, outra hora pode não ser mais. Pipocaram “institutos” com suas respectivas pesquisas, cada um com resultados muito divergentes e critérios desconhecidos do público. Sem falar que, em muitos casos as pesquisas fogem às prescrições normativas da Justiça Eleitoral, capazes de influenciar o eleitorado como aliás, foi constatado no primeiro turno.

Veio o segundo turno e com ele, outra eleição completamente diferente, até mesmo no modus operandi, quanto às adesões, visto que o apoio de Bolsonaro e de Lula acabam mexendo no tabuleiro de um xadrez, cuja mudança de sua peças são tão imprevisíveis, quanto o formato das nuvens, em céu de primavera.

Este segundo turno se nos apresenta como prato cheio para observadores montarem suas conjecturas. Raquel Lyra, por exemplo, estaria sendo estratégica, em manter-se neutra acerca do apoio a Lula e a Bolsonaro, ao contrário de Marília Arraes que faz de Lula sua tábua de salvação? À primeira vista, sim. Raquel faz bem, a contar do considerável número de lideranças de PT e PSB que agora aderem sua campanha. Queira ou não, estas siglas têm seu inegável peso eleitoral, ainda que nem todos os petistas e socialistas venham para o palanque dela.

Se nos parece oportuno citar ainda que, as urnas mostraram que o efeito andor não funcionou, pelo menos dessa vez. Tanto assim que Anderson Ferreira não obteve nem perto dos 30 por cento dos votos recebidos por Bolsonaro, por aqui. A própria Marília (nem ela nem Danilo Cabral) se beneficiou do prestígio de Lula. Ao contrário do que apontavam todas as pesquisas, a diferença dela para Raquel foi de apenas 2% a maior.

Cientes dessa realidade, agora é cada uma por si. E pelo andar da carruagem, se continuar assim nas próximas duas semanas, a ex-prefeita de Caruaru será a primeira governadora de Pernambuco, já que, a considerar os primeiros passos dados até aqui, as coisas estão conspirando em seu favor.

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