- Disse o vice-prefeito Evilásio Mateus, de Araripina – em entrevista à Rádio Arari-FM, repercutida pelo Blog do Roberto Gonçalves, nesta terça-feira (15) – que “essa conversa que estou rompido com Raimundo (prefeito municipal) não existe. Isso é especulação dos adversários, e de algumas pessoas do nosso grupo que tentam desagregar”.
Todos em Araripina sabem que Evilásio dorme e sonha, quando o assunto é sentar-se na cadeira de prefeito da referida cidade sertaneja do Araripe. Só que, no meio do ‘sonho de Marcelino’ há um momento de pesadelo, quando se lembra ele que, seu nome já não é mais o sonho de consumo dos Pimentel (Raimundo e Socorro Pimentel), por conta da justificável quebra de confiança entre estes e Mateus.
Oportuno é lembrar que, quando da campanha de 2022, o aludido vice de Raimundo e parceiro político de 20 anos, preferiu acompanhar o Grupo dos Coelho, de Petrolina que, a seu turno, romperam com o atual prefeito e sua esposa, Socorro Pimentel. Era esta candidata (foi eleita) deputada estadual.
Ora, se em política partidária, cordão umbilical serve apenas como metáfora ilustrativa, para análise jornalística, não era de se esperar que o prefeito mantivesse o propósito de ter Evilásio como legítimo sucessor e, como tal, se havia elo forte entre eles, este foi rompido, e as cicatrizes ainda não fecharam.
Agora vem o vice-prefeito e floreia o discurso, dizendo “O nosso futuro a gente coloca nas mãos de Deus. A gente faz uns planos, Deus faz outros, e eu quero que permaneça na minha vida os planos de Deus.”
E prossegue Evilásio: ” Essa questão de 2024, quando for lá pra março, abril, ou maio, quando Raimundo resolver tratar do assunto, certamente ele irá procurar o grupo, irá me procurar, porque tem sido essa a conduta dele em todos os processos eleitorais que a gente já passou. Vamos procurar chegar a um denominador comum, porque ninguém é candidato de si próprio”.
Procurar para quê? Para dizer que o nome a ser escolhido será outro? Como diz o matuto, a trocentos anos: “Essa alma quer reza”. Pode até ser que os Pimentel rezem por essa alma. Afinal, ninguém é perfeito e alguns, nesta vida, têm até sangue de barata. Será?
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