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BLOG LUÍS MACHADO. Forças Armadas aparelhadas? Sexta-feira, 31-03-2023

Se 1964 não mais serve para celebração, que sirva para reflexão

  • Tem horas que dá a impressão de que definitivamente somos uma Nação forjada para andar na contramão da história e nem mesmo os exemplos de além mar tem sido suficientes para que aprendamos com outros povos. Estamos falando do chamado Movimento de 1964, Período da Ditadura ou simplesmente Ditadura Militar.

Os mais novos não vivenciaram o citado período de turbulência política e social e os mais velhos, que lá estiveram, passaram pela história mas a história não passou por eles. Viam, escutavam, mas ficava apenas nisso. Alheios a tudo, não foram agentes ativos do aludido período, como aliás, ocorre hoje e será sempre assim, ao longo dos tempos, de geração em geração.

Como nada ocorre por acaso, há uma razão para que houvesse nas últimas décadas – de 1964 a 1985 – um meticuloso projeto bem arquitetado por forças de dentro e de fora do País, para condenar o aludido golpe militar, o que, diga-se de passagem, em principio (eu disse, em principio) neste particular não foi errado.

  • Passou-se a desqualificar a “Revolução de 64” não apenas porque o referido período foi marcado por perseguição, tortura e “assassinatos de opositores” do regime, quando os brasileiros não puderam votar para presidente da República, o Congresso Nacional foi fechado, e a imprensa, censurada para citar alguns dos principais malefícios.

Essa foi a leitura de sempre, feita por historiadores e sociólogos de inspiração esquerdista, desnudada, infelizmente, da necessária imparcialidade, quando de suas narrativas, quer em livros quer pela imprensa, em geral, mas especialmente no seio da academia, nas universidades, de Norte a Sul do Pais.

Ao leitor, cabe perguntar: O que tem de errado ou inverdade, nisso? A resposta é simples: Não há nada de errado. O que há é algo de incompleto, na medida em que passou-se a falsa e descabida impressão, de que só os militares cometeram atrocidades e arrebentavam os opositores de então e estes seriam como quê “anjos” de carne e osso.

Os brasileiros antenados com idade a partir dos 65 anos sabem que houve violência, com sequestros, guerrilhas e morte, cometidos pelos citados opositores. Ambos os lados foram violentos e não por acaso, surgiram os movimentos clandestinos de ultra esquerda, cujos atores são bem conhecidos, tais como Dilma Rousselffe, José Dirceu, José Jenuíno, Lula e outros nomes, só para citar alguns que, de alguma forma, estão de volta ao poder, com e eleição do presidente Lula.

  • A falta de comemoração deste 31 de março poderia até ter sido compreensível e porque não dizer, louvável, não fosse por um pequeno detalhe: É que no afã de se “esquecer” ou “jogar na lata do lixo” o citado período de chumbo, desperdiça-se a oportunidade de se fazer com que, longe das paixões, se expusessem às novas gerações, a verdadeira face daquele período da história recente do nosso País.

Não fosse assim, o mundo contemporâneo já teria esquecido os horrores do holocausto praticado pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial, no qual só judeus, estima-se em 6 milhões, vítimas da insanidade de Hitler e seus sequazes.

A história não pode ser escrita ou ensinada, por viés ideológico, dissociado da verdade, qualquer que seja a coloração deste. Sim, porque a verdade tem que assumir contornos de essência e legitimação da própria história. História dissociada da verdade, não é história, é instrumento de manipulação e, como tal, por si só, se nos apresenta como inaceitável.

  • Fomos ágeis na configuração de grupos e movimentos tais como “Tortura nunca mais”, porém inertes na formatação de fóruns permanentes de debates e reflexão, sobre o referido período e não foi por acaso. A ponta de lança era e é, beber na fonte do marxismo/socialismo e o resultado está aí. O Foro de São Paulo e o organograma de doutrinação, tornou-se inspiração para projeto de poder da chamada esquerda, na América Latina.

Como resultado disso, temos economias sucateadas, como é o caso de Argentina, Venezuela e só ainda não foi definitivamente plantado no Brasil, por pura falta de acolhimento do povo que, por formação e índole, é de perfil conservador, embora isso em menor escala, atualmente.

Se não precisamos celebrar 1964, precisamos refletir responsavelmente, sobre o mesmo, a fim de que possamos aprender com nossos erros do passado. Isso nos ajudará, quem sabe, num futuro, que poderá ser próximo. O tempo dirá. Esquecer 1964 pura e simplesmente, não é nem pode ser o papel dos brasileiros e muito menos das Forças Armadas. Sob pena de pagar o mico, junto a quem pensa e reflete. Quem ousa pensar, poderá concluir que também nossas Forças teriam sido aparelhadas. Neste caso, seria isso incontestavelmente deplorável!

*Como temos preconizado, a vantagem de ser imparcial, é que se vê quem tem juízo e quem tem distúrbio.

*Comento, argumento. Só não invento!

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