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BLOG LUÍS MACHADO. Governador Romeu Zema x Hipocrisia nordestina

  • Não foi a primeira e certamente não será a última vez que alguém de expressão da política brasileira expressa-se com contornos separatistas do Nordeste, das regiões Sul/Sudeste do País. O mentor do infeliz suscitamento desta vez, foi o governador das Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo).

Na esteira da declaração dele (não a mencionamos, aqui, porque já é notória), cumpre dizer, que também não foi a primeira nem será a última vez que incautos de plantão embarcam na canoa sem leme e sem vela, dos que não conseguem enxergar que, se Zema foi infeliz (e de fato foi), a hipocrisia nossa, no Nordeste é mais que manifesta.

Verdade é que, figurões da política nordestina – muitos dos quais vieram das entranhas do coronelismo histórico de manutenção do status quo de subserviência secular – têm suas digitais impressas nessa cultura sistêmica, de manter oligarquias que perpassam de geração em geração, em prejuízo de todos nós.

Quando se esperneia diante de infelizes atitudes discriminatórias vindas do Sul/Sudeste mas, na outra banda não se junta as forças vivas da Região, visando atingir patamares iguais de desenvolvimento, se está sendo hipócrita. Se está fazendo discurso para inglês ver, achando que somos todos massas de manobra, até mesmo para distinguir o que presta do que não presta, neste aspecto.

Basta lembrar que, nas últimas décadas não ficamos de fora das discussões nacionais de alta indagação. Exatamente porque sempre tivemos “representantes” no topo dessa pirâmide – Mesa Diretora da Câmara e do Senado Federal. Isso sem falar nos presidentes, tidos como nordestinos, só porque nasceram por aqui.

Se houve e há indiscutível nível de qualificação da maioria dos que passaram e passam pelas instâncias de poder, neste País, não se viu isso traduzido em espírito republicano, para lutar por um Nordeste igualitário nosso, em relação ao “Sul maravilha”.

Não se viu atitudes com visão de corpo regional, em favor do Nordeste, quando a agenda esteve na esfera econômica, de cunho social, em beneficio do povo nordestino. Sempre foi “cada um por si”. E nem foi só por falta de vontade política, em si. Foi por falta de ousadia, em desmantelar um sistema fisiológico perverso e pervertido, arcaico e carcomido, secularmente plantado em nossa Região.

Nossas elites e oligarquias nordestinas deveriam, na verdade, era fazer o “mea culpa”, ao invés de querer manipular a todos, até mesmo aqueles que se dão ao trabalho de pensar. Não se está a dizer, aqui, que Zema está certo. Errou feio, dando um tiro no pé.

Mas aqueles que o criticam e repudiam, deveriam aproveitar o ensejo para aliar seu inconformismo a uma boa dose de disposição, em trabalhar despojados de interesses pessoais. Que façam eles, ao menos neste momento de reforma tributária, a qual bem que poderia instrumentalizar e ser via de passagem, de um Nordeste “primo pobre” dos sulistas para irmão igualmente rico, como eles.

O que vem além disso, é hipocrisia e “terceirização” de uma obrigação que é de todos, especialmente dos “representantes do povo, em Brasília e nos Estados. Que nasçam outros Joaquins Nabuco, para citar apenas um.

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