
- Lembram do velho ditado que “alegria de pobre dura pouco”? Pois é o que ocorre em torno da celeuma envolvendo as escolas cívico-militares, especialmente aquela que seria construída em Pernambuco.
Com investimento superior a R$ 1 bilhão de Reais, houve uma verdadeira euforia, já que, segundo informações prestadas por um coronel do Exército à Rádio Jornal, o empreendimento assumiria contornos de quase redenção, ante à possibilidade da geração de enorme volume de empregos diretos e indiretos, já na construção, sem falar nas vantajosas consequências pós-construção e funcionamento.
Lembrando que, a concepção das aludida escolas, Brasil afora (e na Região Metropolitana do Recife) nasceu no Governo Bolsonaro, suficiente para encontrar “gosto ruim” nos aparelhados órgãos de controle ambiental (CPRH, Ibama, etc), que logo começaram a dificultar, apesar da boa vontade do ministro da Defesa, pernambucano José Múcio Monteiro Filho.
Como pá de cal, vem o ministro da Educação, Camilo Santana, que solta nesta quinta-feira (13) declaração de que, “a orientação desde a transição de governo era para terminar o programa”. Coroando isso, vem o ministro e diz que, a conclusão do projeto sobre as escolas “não está na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), nem tem previsão legal para isso”. É verdade que, diante da repercussão do que disse ele, voltou atrás e disse que tais escolas não serão fechadas.
Como se não bastasse, diz Santana que, ““Quando o programa foi lançado (em 2019), a adesão foi muito pequena. “São 202 escolas, comparada com as mais de 138 mil escolas que temos (no país), estamos falando 0,14% das escolas brasileiras da rede (pública de educação)”. Ora, convenhamos! Isso parece brincadeira. É claro que o Governo não poderia iniciar o projeto, com 138 mil escolas cívico-militares. Estas teriam que iniciar com número inferior.
O que Camilo Santana não diz (e jamais diria) é que o viés ideológico petista não comunga com escolas que preconizem a disciplina, a hierarquia e a obediência, além do espírito nacionalista de amor à Pátria.
Lamentavelmente, o País encontra-se sem um ministério de Defesa que não honra as tradições das Forças Armadas do Brasil, quando estão em pauta, as precitadas bandeiras. As escolas cívico-militares era para ser um projeto e um sonho das Forças Armadas do Brasil, em primeiríssimo lugar.
Para o modelo educacional que aí está, importa mesmo é que o aluno passe de ano, ainda que não tenha as mínimas condições intelectuais e curriculares e o professor esteja proibido de retê-lo na série em que está, numa equivocada (para não dizer, criminosa) atitude de extrema irracionalidade, para lá de inaceitável.
O que se espera é que, este Governo não prejudique o intento de governadores e prefeitos que, independente do MEC, banquem os custos de suas escolas, como é caso, por exemplo, do prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros que, nesta sexta-feira (14) anunciou que o município manterá em funcionamento as duas escolas cívico-militares lá existentes e vai estudar a ampliação do modelo.
“O regime pedagógico dessas escolas é o mesmo das outras instituições, mas o apoio de 12 militares tem contribuído para a questão de disciplina, resultando em menor evasão, menos faltas e maior rendimento do aprendizado. São ganhos importantes que levam muitas famílias a pedirem a ampliação do modelo. Aliás, o envolvimento das famílias tem sido fator fundamental nos bons resultados obtidos, tanto de aprendizagem quanto de comportamento”, declara o prefeito Mano.
É necessário que instituições como a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) e UVP (União dos Vereadores de Pernambuco) assumam postura de reivindicação e apoio às escolas cívico-militares, em nosso Estado, sob pena de também elas tornarem-se coniventes com a insensatez e falta de civilidade, especialmente na área da Educação, como um todo. Espera-se que, de fato, “nenhuma escola será fechada”, como disse o ministro. E que não ponha o Governo, terra no projeto.
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