Ponto alto do passeio ciclístico foi a participação de deficientes físicos

- Jaboatão abriu e fechou com chave de ouro, suas comemorações dos 430 anos – iniciando com celebração eucarística, passando por hasteamento da Bandeira, partilha de bolos, entrega de serviços à população e concerto artístico – encerrou as atividades, neste domingo, com passeio ciclístico, o qual saiu do Parque da Cidade até a Orla de Piedade, aberta ao público e com marcante participação de deficientes físicos, com bicicletas adaptadas.
Foi como se a cidade inteira tivesse dito: Comecem sob as bênçãos de Deus, com Missa e culto religiosos, mas terminem, correndo todos juntos, porque os desafios são grandes e o povo tem pressa.
Quando se diz que Jaboatão dos Guararapes é uma terra sui generis, é porque algumas coisas só acontecem nessa região do Estado. Afora o que discorremos noutras reportagens, um dado curioso se deu no campo da política. É que, apesar da imensa importância da cidade e das comemorações dos seus mais de quatrocentos anos, não receberam os jaboatonenses um gesto de carinho, sequer, por parte da governadora do Estado, Raquel Lyra.
Estranho é que, nesse momento, a governadora e o atual prefeito do Município, Mano Medeiros, se afinam muito bem, não havendo, ao que se sabe, qualquer rusga entre ambos. Imaginem se Recife e Olinda – que comemoraram seus 486 e 488, respectivamente – não tivessem recebido um gesto, sequer, de congratulação, da parte da governadora!
O fato é que, se alguém saiu ruim, na fita, esse alguém foi Raquel Lyra que, malgrado a grande votação que obteve, no Município, foi agora por demais ingrata e descortês, junto ao povo do Jaboatão dos Guararapes.
Só que, atitudes como essa, da governadora, mexe com os brios de alguns, suscitando ainda mais a vontade de fazer melhor pela boa gente hospitaleira do referido Município. Cabe ao atual gestor esmerar-se, junto à população para, numa espécie de compensação, agigantar-se no despertar do amor próprio à própria terra.
Jaboatão é grande, gigante, a ponto de, sob alguns aspectos, Pernambuco precisar mais do Jaboatão do que Jaboatão de Pernambuco. Até porque a ausência do Estado, no Município, tem sido historicamente perceptível e isso já nem é novidade.
Mano Medeiros tem a faca e o queijo na mão, para nesse particular, suscitar com força, o espírito de amor à terra natal. Se continuar fomentando o espírito do tipo “amor à terra mãe”, vai fazer história. Gente para isso, não falta. Essa preocupação não esteve no radar dos gestores (não se viu como uma das prioridades), especialmente a partir da segunda metade do século 20, quando a cidade cresceu, suscitando distritos com vocação dissociada dos valores locais e isso é constatado, especialmente na Região das Praias, onde há residentes que ainda imaginam morar no Recife.
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