
Por mais familiaridade ou manejo que se tenha com as palavras, haverá pelo menos um momento na vida de quem escreve, em que fazer uso delas (das palavras) para expressar um sentimento, vai ser tarefa simplesmente impossível. Este momento chegou com motivo e data para acontecer: Faleceu dona Rosa Ferreira Machado, aos 90 anos de idade, por volta das 09:30h do dia 30 de setembro de 2022, em Luzillâdia, Estado do Piauí.
Só se aproxima do significado de perder a mãe, quem já perdeu a sua. Antes disso, só se faz uma pálida ideia. Obviamente que o impacto disso é variável e cada um tem sensibilidade própria. Independe de variantes, tais como, fato inesperado, idade avançada ou não e circunstâncias outras.
Afora isso, uma coisa é comum a todos, indistintamente, em grau maior ou menor: A mistura de sentimentos – resultante da “fita que passa” em nossa cabeça, acerca dos momentos vividos no passado. É saudade e tristeza. É tristeza e saudade que, aflorando simultaneamente, nos desconcertam e aniquilam, por considerável espaço de tempo.
Nos deixa sem saber o que fazer; sem saber o que pensar, sem saber o que dizer… É aí que tudo parece ser um nada, a não ser a certeza de que, somos tão pequenos e impotentes na imensidão do infinito, o qual se descortina diante de nós e em nós, com mil perguntas para as quais nem sempre há respostas. Só o tempo dirá, se é que dirá…
Obviamente que, o tom solene ensejador do que agora dizemos diz respeito e é direcionado particularmente à nós mesmos e aos familiares, além, é claro, de amigos mais próximos. Pedimos licença e compreensão aos caríssimos e diletos leitores do Blog Luís Machado, para, desta forma, prestarmos nossas homenagens à minha genitora. Primeiro porque se nos parece imperioso fazer registro do passamento dela. Segundo, porque sem ela eu sequer teria vindo ao mundo. Só isso já seria bastante para justificar o propósito da homenagem.
Dona Rosa Machado, mulher valente e determinada que, diante de todos os percalços e revezes que a vida lhe ofertou, não se intimidou. Nem mesmo com o fato de ter parido 12 filhos. Jamais jogou fora uma barriga. Não fez isso, como pretexto justificador de que não poderia criar tanta gente. Precisavam ser criados, sim (com a ajuda e companheirismo de nosso pai, seu. Biná, falecido em janeiro deste ano, aos 94 anos), já que tinham sido gerados para vir ao mundo e ponto final.
Encarou lutas verdadeiramente encarniçadas e tenebrosas nas lavouras de algodão e outras plantações, no Mocambo e nos Podarcos, São Bernardo, interior do Maranhão. Pegou em enxada e facão, para ir à roça, sob Sol escaldante, tendo muitas vezes que derramar suor e lágrima. Muita lágrima, às margens do velho Rio Parnaíba, quando sequer havia garantia de pão no dia seguinte. Mas havia fé em Deus, além de muita confiança na intercessão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Francisco das Chagas, Santa Luzia e São Bernardo (santos de sua especial devoção) que, por certo não nos faltariam, como de fato, nunca faltaram.
Por estas e outras é que, mesmo sem saber direito o que dizer, dizemos que: MÃE, A GENTE SÓ SABE QUEM É, QUANDO PERDE.
Que Santa Teresinha do Menino Jesus lhe ajude a chegar junto ao Trono do Altíssimo. Assim seja!
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