
- Como já era esperado, a nacionalização das eleições para o segundo turno é inevitável. Em Pernambuco, por exemplo, não se passaram 24 horas, sequer, para que a mobilização dos Grupos de Marília Arraes e Raquel Lyra caíssem em campo, de forma frenética, na busca de apoio, a começar pelos candidatos à presidência da República, Jair Bolsonaro e Lula, que ligaram já na segunda-feira, para expressarem suas “condolências”, através do pai de Raquel, João Lyra.
O primeiro ato significativo deu-se com a pronta adesão de Miguel Coelho, em favor de Raquel Lyra, para que, em seguida ocorresse a adesão de Jair Bolsonaro, por alguns dos atores da linha de frente do bolsonarismo, em Pernambuco – Anderson Ferreira, Gilson Machado e Coronel Feitosa, cujo encontro concretizou-se nesta quarta-feira, em Petrolina.
Como se vê a batalha já está nacionalizada e assume contornos de luta titânica – entre bolsonaristas e lulistas -, e já nem se fala (pelo menos por enquanto) em programas de Governo, mas sim, em “luta entre o bem contra o mal” e “pela democracia, contra a ditadura”, como se estivéssemos em plena guerra santa ou à beira de ruptura institucional, no País, o que não é nem um caso nem outro, evidentemente.
Em termos de Pernambuco, já vislumbra-se alguns indicadores nada alvissareiros, no quesito argumentação, como é o caso da candidata Marília Arraes que, ao invés de munir-se de argumentação convincente de que poderá ser melhor do que os Governos do PSB, limita-se a insinuar que cabe ao eleitor escolher entre “quem está com Lula, pelo social” e quem quer seguir o atraso genocida bolsonarista”.
Ora, convenhamos! Ficar falando em alinhamento ao governo Lula ao invés de falar de si e do que pretende fazer, é dá a senha ao eleitor (especialmente aos antenados e que fazem opinião), no sentido de que, parece ela não tem proposta e que fará um governo medíocre, de viés puramente ideológico, caso seja eleita.
Marília, já sabendo que Miguel horas antes havia declarado apoio a Raquel Lyra, não teve trabalho para cometer seu primeiro deslize ao dizer, em sua primeira entrevista pós-eleição que não aceitaria apoio de Anderson Ferreira, sob argumento de que “não estou onde está Bolsonaro…” Isso vai na contramão do avô, ex-governador Miguel Arraes que disse certa vez: “em política não se recusa apoio, venha de onde vier”.
Marília sequer esperou para ver com quem Anderson e seu grupo iriam seguir. Resultado: jogou Anderson no colo de Raquel, porque para ela a eleição de Lula é mais significativa do que a eleição dela própria. Marília foi imprudente e presunçosa, pois sequer imaginou que, malgrado as feridas existentes entre PSB e ela, este poderia apoiá-la, a mando de lula, ainda que tal apoio não fosse assim tão enfático.
Raquel que já tinha Miguel, agora tem Anderson e não será novidade se amanhã receber o apoio de Danilo Cabral. Em suma: Marília poderá ter nadado muito para depois morrer na praia, desperdiçando aquela que poderá ser sua única chance de ser a primeira governadora de Pernambuco. No próximo dia 30 de outubro, veremos.
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