
- Como não atrai turistas e não é motivo de festa, o problema crônico das chuvas periódicas, no Grande Recife não faz parte do calendário do Governo do Estado nem das prefeituras. Mas bem que deveria fazer parte. Não, para celebração ou festejos. Mas para sensibilizar a população e o Governo, para um problema social gravíssimo, que ceifa vidas humanas e não se resolve a questão.
Quem não lembra da tragédia ocorrida no ano passado, quando dezenas de pessoas perderam suas vidas? Quem não assistiu atônito, ao aludido drama de repercussão nacional que comoveu a todos?
Na campanha para o Governo do Estado, todos os candidatos (dentre eles a eleita governadora Raquel Lyra) prometeram resolver o problema. Raquel tem dito ser a questão, em tela, uma de suas prioridades como gestora. A propósito, reuniu-se com os senhores prefeitos da Região Metropolitana, na semana que passou, cujas prioridades incluem a questão do saneamento básico, sendo este um dos gargalos do problema, em dias de chuva forte.
Todavia, termos saneamento básico, sem termos educação ambiental da população, acerca do problema, muito pouco avançaremos. Se não houver conscientização da população, no sentido de que todos somos corresponsáveis – Governo e população – continuaremos apenas no discurso e na terceirização de um problema que é de todos.
Permitir construções em áreas de risco, é colaborar diretamente com a eternização do problema. Não discutir o problema durante o ano inteiro, desde o ensino fundamental até à Universidade, com aprovação de leis que penalizem o infrator ambiental, é enxugar gelo. Não suscitar o espírito cooperativista (em parcerias do poder público, com ONGs, Associações e Conselhos de Moradores, Igrejas e outras), é chover no molhado.
O mundo viu o bom exemplo dos jogadores da Seleção de Futebol do Japão que, no Katar, após as partidas, faziam mutirão de limpeza nos camarins e de lá só saíam quando deixavam tudo do jeito que encontraram. Aqui mesmo, no Brasil, quando da Copa do Mundo, eles deram exemplo de civilidade e educação ambiental.
Que sejamos um dia, senão iguais aos japoneses, pelo menos um pouco parecidos com eles, em termos de cidadania e educação. Quem sabe um dia tenhamos uma política habitacional digna do nome, executada por parte do Governo. Quem sabe um dia não teríamos mais tantos deslizamentos de barreira; córregos e canais entupidos, com lixo doméstico, que nos enojam e envergonham a todos.. Quem sabe, um dia!
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