Inicia o Blog Luís Machado, a partir de hoje, uma série de reportagens, em que aponta erros e acertos, das Administrações de Anderson Ferreira e Luiz Medeiros, no período de 2015 a 2023, o que se constitui obstáculo à atual administração, em Jaboatão dos Guararapes.

- Vivemos num tempo em que, até para fazer política partidária, é preciso se “profissionalizar”. Nesse aspecto (e no bom sentido), é que alguns têm sucesso e outros, não. “Político profissional”, ao qual passo a tratar aqui, muito especificamente, diz respeito, noutro sentido, àqueles que usam a boa fé do povo para se darem bem. Este é o caso dos Ferreira, grupo político que se profissionalizou na política e que, diga-se de passagem, se deu bem.
Como tudo começou

- Tudo começou com o velho Manoel Ferreira (83 anos) que entrou na vida pública e dela só saiu agora, após vários mandatos, como deputado estadual e nela criou quatro filhos, dentre os quais, André e Anderson, além de terceiros que, por terem entrado na família, também beneficiaram-se, como é o caso do genro e vereador do Recife, Fred Ferreira.
Evangélicos que são, encontraram um prato feito para, fazendo proselitismo “em nome de Jesus”, através de rádios e templos protestantes, elegerem-se, nesse ínterim, os gêmeos André e Anderson. André, foi eleito vereador por alguns mandatos, no Recife. Lançou-se e foi eleito estadual, no lugar do pai que, nessa época não gozava de boa saúde.
Ascensão de André e Anderson.

- Observe-se que, antes era André vereador no Recife e Anderson deputado federal, para depois disso ser este eleito e reeleito prefeito do Jaboatão dos Guararapes (2015 a 2022), renunciando ao cargo, para candidatar-se ao Governo do Estado, ficando pelo caminho, no primeiro turno.
Até aí, tudo certo e nada demais, não fosse por um pequeno grande detalhe: Os dois herdeiros políticos de Manoel passaram a implementar um “modus operandi” nocivo e condenável, na medida em que, divorciados dos princípios evangélicos, não demoraram muito para “mostrar as unhas”. Por exemplo: Combinavam que, para livrar-se do assédio das pessoas, o prefeito Anderson (decidindo tudo mediante aprovação do irmão) passou a esquivar-se de pessoas do povo e até de vereadores do Município.
Pois muito bem. Como prefeito, Anderson Ferreira comentou equívocos – o que, diga-se passagem é “normal” que ocorram -, mas deu alguns tiros no pé.
Ainda no primeiro ano de mandato, por ser evangélico, chegou com puritanismo religioso, averso à condição de um prefeito de Jaboatão e, com base nisso, tentou dificultar a realização da Festa de Nossa Senhora do Carmo, em Cajueiro Seco-Prazeres, suscitando celeuma do tamanho de um trem, além de não ter apoiado a Festa de Santo Amaro, uma das mais tradicionais do Estado.
Volta da Maternidade

- Malgrado ter sido uma de suas promessas de campanha, em 2014, Anderson não trouxe de volta a tão almejada Maternidade Rita Barradas, outrora existente em Jaboatão Centro, o que, somando-se à ausência do prefeito, nessa área do Município, rendeu ao mesmo, níveis brutais de rejeição, como é do conhecimento geral.
Só em 2022 (por conta de sua candidatura a governador) é que pôs em funcionamento a referida maternidade, porém o primeiro parto por lá só veio ocorrer em meados do ano passado, já sob o comando do substituto e atual prefeito Luiz Medeiros, no bairro de Sucupira, com funcionamento parcial, à população.
Operação Desumano

- Como se não bastasse a série de desmandos, entra em cena (com Tribunal de contas e Ministério Público de Contas do Estado) as denúncias de superfaturamento no arrendamento do Centro Administrativo do Município, situado na Estrada da Batalha que, de R$ 450 mil mensais, foi objeto de alteração contratual, ficando na casa dos R$ 200 Mil Reais mensais que, ainda assim, ficou acima do valor de mercado.
Veio a Pandemia do Covid-19 e com ela, mais escândalo, envolvendo a administração municipal através da Secretaria de Saúde que, malgrado receber somas milionárias para construção do hospital de campanha, foi este fechado no auge da pandemia.
Isso ensejou ação de busca e apreensão, por parte da Polícia Federal de Pernambuco em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Estado de Pernambuco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco/PE), a chamada Operação Desumano que, no dia 16 de setembro de 2020, apontavam fortes indícios de desvios de verbas milionárias repassadas pelo SUS, no valor de R$ 23.740.308,84.
Nas próximas edições trataremos do estilo Ferreira de governar, com destaque para a convivência com a Câmara de Vereadores, bem como a forma de forjar lideranças, quando são do seu interesse, além de como fazem para “puxar o tapete” de outras, quando sentem-se incomodados.
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