Deputado protocola primeiro pedido de impeachment de Lula
- Como diz o ditado popular, “o pau que dá em Chico, dá em Francisco”. Isso se nos parece aplicável ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, enquanto fala em apaziguar o País, age como verdadeiro cão raivoso – suas declarações na Argentina são quanto a isso, a maior prova – e isso se nos apresenta como algo contraditório, já que, na prática, o presidente parece mesmo é querer aprofundar a divisão política, no Brasil.
Por conta disso é que setores do Congresso Nacional já começaram a agir.
“Ao afirmar em discurso oficial e público que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, Lula atenta contra os Poderes e contra a Constituição Federal”.
Pois muito bem. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é alvo do primeiro pedido de impeachment do terceiro mandato. Antes mesmo do início do ano legislativo, o texto foi apresentado à Câmara dos Deputados nessa quinta-feira (26). A justificativa é que o petista cometeu crime de responsabilidade ao tratar a retirada de Dilma Rousseff do poder como “golpe”.
“Ao afirmar em discurso oficial e público que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado, Lula atenta contra os Poderes e contra a Constituição Federal”, alega o deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), autor do requerimento.
A oficialização do pedido foi comentada pelo deputado Carlos Bolsonaro (PL-RJ). “Primeiro pedido de impeachment de Lula: crime de responsabilidade ao discursar dizendo que Dilma sofreu golpe em 2016. Não vamos dar descanso”, escreveu.
Em discursos públicos, Lula tem reiterado a narrativa de que a ex-presidente Dilma saiu do cargo por meio de um “golpe”. O impeachment, no entanto, foi um processo autorizado e decidido pelo Senado e pela Câmara.
O PSDB também moveu uma ação contra o presidente e denunciou o petista pelo posicionamento. “Quem chama o impeachment de Dilma de golpe ataca a democracia no Brasil, o Congresso e o STF. É um discurso extremista e incentiva o ataque a instituições”, disse o partido, pelas redes sociais.
Além dos pronunciamentos, o site oficial da Presidência da República fala em “golpe de 2016”, em um texto que anuncia a nova diretoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Pela referência, o governo Lula também é alvo de uma representação analisada pelo Ministério Público Federal (MPF) que denuncia o presidente por “propagação de desinformação”.
Ora, se alguns parlamentares são acusados de manifestarem-se contra a democracia, pelo que andaram dizendo – a deputada eleita Clarissa Tércio é um exemplo – Lula anda dizendo coisas que, por analogia são tão graves quanto ao que falou a parlamentar pernambucana. Por isso é que “o pau que dá em Chico, dá em Francisco!”.
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