A exemplo da Celpe, privatização da Compesa seguirá o mesmo caminho, em desfavor dos pernambucanos

- Se há um motivo para que os pernambucanos façam estoque de Rivotril (para poder dormir), esse motivo é a privatização da Compesa. Isso porque já conhecemos esse filme que, diga-se de passagem acabou de ser reprisado e agora estamos falando da venda da Celpe, pelo então governador Jarbas Vasconcelos.
Jarbas dizia que, os quase R$ 2 bilhões vindos dos espanhóis seriam suficientes para bancar a duplicação da BR 232, do Recife a Caruaru. Mas o que se viu, foi que, além de nada ter melhorado em favor do consumidor, ainda tivemos todos nós, contribuintes, que arcarmos com o prejuízo de, pouco tempo depois, termos que tapar buracos na referida Rodovia. Isso sem falar no problemático trecho de obras, entre o final da Abdias de Carvalho até imediações do Comando Militar do Nordeste que, após longo período, só agora terminou.
A propósito, vale salientar que, há um contrato já assinado entre o Executivo Estadual e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para realização de estudos, visando avaliar qual tipo de modelo de privatização será adotado em Pernambuco.
O referido estudo subsidiou inclusive, pedido do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE) para realizar audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, na última segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
O fato inconteste e que enseja grande preocupação de todos, é que, “O que vai acontecer, se for feita a privatização, são os abusivos reajustes nas tarifas. O modelo que está sendo estudado será mais danoso do que a PPP”, afirmou, na ocasião, o presidente do Sindurb-PE, José Gomes Barbosa.
Ora, sendo a água um bem tão vital, sem o qual não vivem pobres e ricos, imaginem como ficará a vida dos mais vulneráveis, frente ao grande capital a ser dono da Companhia! Quem compra uma empresa, pública ou privada, vai querer tirar o que investiu e só emprega dinheiro, para ganhar mais dinheiro! Com isso, o pobre que se lixe.
O exemplo acima citado, nos remete muito bem, ao problema do Metrô do Recife, o qual, por está tão sucateado, não suscitaria interessados, numa eventual tentativa de privatização. Por motivo simples: ninguém quer comprá-lo e é por isso que os Governos estadual e Federal não sabem o que fazer com ele. Nem mesmo a greve dos metroviários sensibiliza as autoridades, para esse problema que, a rigor, deveria ser de todos.
Somos carentes de redes de proteção, mas apesar disso, a governadora do Estado parece não se preocupar com a função social da Compesa que, a seu turno, deveria está inserida numa política de Estado e não de um Governo. Este passa, mas o Estado permanece. E permanece como ente que, em última análise, deve apresentar redes de proteção, aos mais pobres, por motivos óbvios.
Fazendo coro à pergunta feita pelo Jornal do Commercio: A quem interessa, a privatização da Compesa?
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