
- Há situações que, de tão ignominiosas, afrontam a dignidade humana, tornando-se inaceitáveis, inegociáveis e o racismo é uma dessas situações. Não por acaso, o monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, teve a iluminação apagada nesta segunda-feira (22) em solidariedade ao jogador Vinícius Junior, do Real Madrid, que voltou a sofrer ataques racistas neste domingo (21), durante uma partida em Valência, Espanha.
Se tivesse sido praticado num país de terceiro mundo e estigmatizado de pobre, poderia algum desavisado imaginar que seria por isso. Mas a Espanha é um País desenvolvido da Europa e nada nem de longe justifica tamanha selvageria e ignominioso vilipêndio. A única coisa a dá resposta ao aludido escárnio é a falência do gênero humano.
Fizeram bem as instituições de dentro e de fora do Brasil que, manifestaram-se, cobrando postura firme e concreta, do Governo espanhol, contra a reiterada atitude racista dos espanhóis envolvidos no caso. Repudiamos tantos quantos ocorram. Mas quando lembramos que, aqui mesmo, em nosso País, o racismo ainda está impregnado na alma empobrecida de muitos, há que se encarar de frente o mesmo, como prática hedionda, que mata e aniquila quem é vítima dele.
Lamentavelmente, os métodos de combate ao racismo não estão na agenda de pessoas e instituições que, também nesse aspecto ficam batendo cabeça, fazendo discurso para inglês ver. Não serão as notas de repúdio, manifestações midiáticas ou qualquer outra, que atuarão como antídoto a esse veneno mortal, que visa subjugar a quem nasceu com a cor da pele diferente.
Só a volta dos valores ético-morais e cristãos poderia ensejar o respeito, a fraternidade e o amor mútuo, entre povos e raças, onde quer que estejamos. Mas… Quem ousaria falar nisso? Ao menor esboço de tal prática, logo apareceriam os “agentes do tecnicismo social”, para quem falar de Deus e de humanismo é coisa retrógrada, coisa conservadora, do passado e com isso a humanidade só faz caminhar a passos largos, em direção ao abismo.
Aonde estão os formadores de opinião, plasmada no que toca à alma, a razão e o sentimento de todos nós? Onde estão os agentes multiplicadores e usuários das redes sociais ou até mesmo dos púlpitos eclesiais ou acadêmicos que não conseguem enxergar isso? Onde estão?
Compartilhe e faça opinião.
*Comento, argumento. Só não invento!
__________________________________
Contatos do editor do Blog:
WhatsApp: (81) 98732.5244.
Facebook: Luís Machado.
Instagram: @Luís Machado
Twitter: @LuísFerreira4.