- Não é agouro nem pessimismo de algum descrente. Também não é sentimento negativo ou falta de fé. É a constatação de que, verdadeiramente vivemos um tempo assombrosamente inseguro e incerto quanto ao futuro desta e das próximas gerações.
Alguém poderia dizer: ‘Mas desde que o mundo é mundo, tempos difíceis sempre houve e nem por isso a humanidade deixou de chegar até aqui’. De fato, isso é verdade. Mas também é verdade que, em nenhum outro momento da história a sensação de exaustão, em todo o Planeta, foi assim tão generalizada quanto agora, ante às ameaças de fome, em escala global, guerra, individualismo, mentiras e atrocidades.
Paradoxalmente, enquanto esta geração testemunha um fantástico “mundo novo” no campo da ciência e da tecnologia, por exemplo, por outro lado é testemunha também da falência do que há de mais nobre e essencial, que é o ser humano. É como se humano tivesse se tornado mera expressão de retórica, apenas para nos distinguir dos outros seres vivos. Só que não é assim. Humano vem de humanidade, humanismo, natureza humana, etc.
A falência humana é generalizada e está em todos os lugares, mudando apenas de forma, jeito e cenário. Se num País a desorganização social é menos acentuada, na outra banda, suas estruturas são quase indiferentes ao drama de povos e nações, que não tiveram a mesma “sorte”. Mas não deixa de ser igualmente falida.
- Quem não percebe o apodrecimento do tecido social brasileiro, expresso com maior nitidez, através da política, sustentada, por sua vez, por um Judiciário composto majoritariamente por magistrados carentes de espírito imparcial e republicano, à luz dos princípios gerais do direito e da deontologia jurídica? Quem não vomita o avanço das práticas de relações promíscuas de muitos (não são todos e há exceção), existentes no triângulo jurídico, político e empresarial?
Quem não constata a brutal inversão de valores, quer no campo da moral, quer na evidência dos bons costumes? Quem não se inquieta com a ausência quase total de almas nobres e puras, despojadas do ter materialmente falando?
Infelizmente, o flagelo do relativismo chegou com força e fez morada nas consciências frágeis daqueles que imaginam ser possível viver sem depender de Deus, independente de qual seja a religião ou crença. O resultado está aí, ante à imensa massa humana, hoje tão desumanizada e tenebrosa, como nunca antes.
Tenebrosa, porque a prática dos nossos atos nefastos não ficará sem resposta, haja o que houver e passe o tempo que passar. Tenebrosa, porque a resposta virá para todos. Uns mais, outros menos. Mas, virá!…
Eis porque e portanto, tenebrosos são, os dias de hoje. Apesar de tudo, façamos nossa parte, em favor do bem!
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*Comento, argumento. Só não invento!
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