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BLOG LUÍS MACHADO. Todos estão surdos! Quarta-feira, 19-04-2023

Perde-se tempo, dinheiro e saliva, em discussões vãs e a violência prolifera e se diversifica a passos largos

  • “…Tanta gente se esqueceu/Que a verdade não mudou/Quando a paz foi ensinada/Pouca gente escutou…

… Esta frase vive nos cabelos encaracolados/Das cucas maravilhosas/Mas se perdeu no labirinto Dos pensamentos poluídos pela falta de amor/Muita gente não ouviu porque não quis ouvir/Eles estão surdos.

… Tanta gente se afastou/Do caminho que é de luz/Pouca gente se lembrou/Da mensagem que há na cruz/Meu Amigo volte logo/Venha ensinar meu povo/Que o amor é importante/Vem dizer tudo de novo…”.

Trechos de canções como essa, de Roberto Carlos, nunca ecoaram tão fortemente e com fundo de verdade, para os dias atuais, quando o menu ou cardápio é posto na mesa de discussão, acerca da violência, com seus ensejadores meios de resolução para lá de equivocados.

Como vemos, na medida em que o tempo passa, o “modus operandi” de prática da violência se nos apresenta tão diversificado quanto os tipos de autores e respectivas vítimas, para perplexidade de todos e em todos os lugares do Planeta. O que permanece é apenas a equivocada forma de enfrentamento da criminalidade.

Perde-se tempo, dinheiro e saliva em discussões de todo tipo, como se o problema fosse fruto apenas de fatores como desigualdade social, falta de segurança, falta de diálogo ou de políticas públicas e o rosário da relação de causalidade é interminável, quando se debruça sobre causas e efeitos da violência, no Brasil e na maioria dos países do mundo.

Não é sintomático que a quase totalidade dos “experts” deixem fora do aludido cardápio posto à mesa, o único meio de frear o flagelo da violência, meio este chamado de AMOR? Calma! Não estamos brincando de fazer análise ou fazendo aqui, conjectura utópica, como pode parecer que seja. Não é do nosso feitio, nem tenho mais idade para isso e é bom que isso fique bem claro!

Ora, convenhamos! Se a grande maioria dos seres humanos traz em si a índole do bem, então por qual motivo não se coloca nas pautas de discussões algo direcionado para o lado espiritual, já que, queira ou não, muito das práticas de violência está direcionado com a temática? Vejam que não estamos falando de religião.

Não me venham com discurso vazio e esvaziador de que “o Estado é laico”, até porque se o Estado é laico, não quer isso dizer que as pessoas o sejam. Também não me venham com conversa de quem só acredita em métodos pré-fabricados. Se estes resolvessem, não teríamos hoje tanta delinquência praticada inclusive por pessoas versadas em psicologia, psicanálise e ciências afins.

Segundo o IBGE, a esmagadora maioria do povo brasileiro professa algum tipo de religião. Nosso enfoque não visa discutir acerca de religião ou religiosidade. Visa, sim, buscar todos os meios possíveis e imagináveis, capazes de ofertar ao cidadão, o mínimo de paz e fraternidade, partindo da premissa de que os métodos e mecanismos apresentados até aqui, deixam a desejar.Tudo indica que do jeito que está, continuaremos a “enxugar gelo”.

Não por acaso, setores expressivos da sociedade civil organizada já começam a enxergar por esse lado e não sem razão, que a Arquidiocese de Olinda e Recife, na pessoa de seus Bispos reuniram-se há poucos dias, cujo objetivo preconiza colocar-se à disposição do Governo do Estrado, para colaborar no que for possível.

Malgrado presumir-se que a preocupação da aludida Arquidiocese resida mais no campo logístico institucional, nada impede que se dê em dimensões mais profundas, espiritualmente falando. O povo não tem fome apenas de pão. O povo talvez tenha mais fome de Deus do que de pão material e aqui, ricos e pobres estão no mesmo patamar. Como disse São Vicente de Paulo “Não sei quem é mais carente: se o pobre que pede pão ou o rico que pede amor”.

Chega a dá pena, como autoridades e especialistas em segurança pública ocupam os meios de comunicação, para nada dizerem. Sim, porque já não trazem nada de novo e seus depoimentos são inócuos, vazios e puramente acadêmicos. Discutem os efeitos, porém não ousam discutir as causas. As causas têm raiz na inversão de valores. Traduzindo: Na ausência de Deus. Sei que minha voz clama no deserto. Chamem isso o que quiserem. Eu a isso chamo PAZ Afinal, todos estão surdos.

*Comento, argumento. Só não invento!

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