- Resultado da fusão do antigo DEM, com o antigo PSL, o Partido da União Brasil é um daqueles típicos casos de agremiação política que, se continuar com o “modus operandi” atual, será lembrado como um clube de futebol que, apesar do seu passado de glória, não avança para divisões da elite do futebol e os motivos terão sido muitos.
Todos lembram de como transcorreu a pré-candidatura do deputado federal reeleito, Luciano Bivar (UB-PE), à presidência da República, nas eleições do ano passado.
Talvez por já ter nascido grande de mais, também não foram menores as dificuldades de convivência entre seus caciques, o que suscitou tremenda quebra de braço nos bastidores da sigla, envolvendo o próprio Bivar e o então super bem avaliado prefeito de Salvador, ACM Neto que, malgrado liderar as pesquisas de intenção de voto, acabou perdendo a eleição, para o candidato do PT, Gerônimo Rodrigues.
Lembra o leitor também que, não houve unidade, acerca do ex-juiz federal Sérgio Moro – eleito senador da República, por seu Estado do Paraná – que logo após assinar sua ficha de filiação no UB, teve que desembarcar de sua pretensão à candidato para presidente da República, na medida em que viu-se rifado, diante da resistência do citado ex-prefeito de Salvador.
Inviabilizada a candidatura de Moro, Luciano Bivar – por ter dinheiro de sobra, vindo dos Fundos Partidário e Eleitoral – lançou-se candidato à Presidência mas que, por não passar dos 2% nas intenções de voto nas pesquisas, “cozinhou o galo” até exatamente à véspera das Convenções. Retirou a candidatura, dizendo que apoiaria Lula, deixando em seu lugar Soraya Thronicke que, diga-se de passagem saiu-se muito bem, diante das circunstâncias.
Uma vez desistente, Bivar acabou atropelando Miguel Coelho, então pré-candidato ao governo do Estado o que, por pouco não houve racha, uma vez que Bivar passou a ter como objetivo número um, a própria reeleição a deputado federal.. Não fez campanha para Miguel, que dizia não apoiar nem Lula nem Bolsonaro. Bivar gastou uma fortuna para se reeleger, já que sua reeleição era uma questão de honra para o Partido.
Pois bem. Bivar continuou primeiro Secretário da Câmara dos Deputados e, de quebra, conseguiu emplacar nada menos que três ministros, no Governo Lula. Ora, isso, pelo fato de que o União Brasil – Por ter hoje 59 deputados federais, 10 senadores e 04 governadores – sendo a terceira força, no Congresso – dá a impressão de que seria uma das melhores siglas, para quem vai sair candidato a prefeito e a vereador, no próximo ano, mas não é.
E por que não é? É porque, segundo se comenta “in off” nos bastidores da cena política, carece o partido de credibilidade e o “zum zum zum” é que Bivar “jogou pesado” demais, para se reeleger, em Pernambuco.
Só para se ter uma ideia, houve dois candidatos do partido que tiveram os registros feitos erroneamente, no TRE: o ex-deputado federal, Zeca Cavalcanti e o ex-candidato a prefeito de Jaboatão, Arnaldo Delmondes.
O primeiro foi à convenção, para estadual e o segundo para deputado federal. Zeca acabou sendo registrado no TRE com o número de Arnaldo e este recebeu o número do Zeca, que saiu para estadual. Perderam tempo, já que, sem número, como poderiam divulgar um número inexistente?
Ora, isso lhes causou prejuízos tremendos! Mas não foi só isso.. É que, malgrado ter o partido mais de R$ 2 bilhões à sua disposição, para gastar na campanha, o dinheiro chegou nas contas dos candidatos, em valores irrisórios e isso os irritou muito. Somando-se isso com a falta de empenho de Bivar à campanha de Miguel, ao menos em Pernambuco os futuros postulantes a prefeito e vereador do ano que vem, já estão com as barbas de molho.
Em suma, o que se comenta é que, malgrado tratar-se de um partido gigante em se tratando de números, o fato é que, na opinião de alguns analistas, trata-se de um partido pequeno, em termos de confiabilidade. Ou seja: Com isso, o candidato poderá nadar e morrer na praia, por tratar-se o UB, de uma sigla partidária pouco confiável. Será isso mesmo? Com a palavra, o presidente da sigla, em Pernambuco, Marcos Amaral!
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