Em edição publicada aqui, no blog, em 28 de outubro passado, trouxemos um artigo, sob o título “Argentina imita o Brasil colocando-se à beira do abismo”. Hoje, véspera das eleições presidenciais no país vizinho, nosso artigo ratifica agora parte do que dissemos, ao tempo em que lamentamos em dizer, em manchete: Chorem por si, argentinos, parodiando a famosa canção gravada e regravada em diversas línguas, por vários artistas, mundo afora: “Não chore por mim, Argentina” ou “Don’t Cry for Me Argentina”, a qual foi trilha de filme hollywoodiano, na voz da pop star cantora Madonna.
Na aludida matéria, dissemos, dentre outras coisas, que, ‘agora vemos uma Argentina também brincando com fogo e o fogo por lá, tem chamas em dose dupla. Chama-se Javier Milei/Sergio Massa.’
E porque a imitação com nosso País? A resposta (dissemos nós) é simples e objetiva: Assim como ocorreu no Brasil, nas eleições presidenciais, no País dos hermanos o momento é de escolher, neste domingo, em segundo turno, o menos desastroso dos candidatos, se é que há o menos desastroso. Aliás, tem sido este o sentimento dos argentinos mais antenados à sua realidade.
Enquanto Massa – que é ministro da Fazenda e, portanto, candidato do esquerdista e fracassado presidente Alberto Fernández – não evitou a que os argentinos estivessem à beira do colapso econômico-financeiro (com inflação na casa dos 140% anuais) e só por isso sequer deveria ter se lançado candidato – do outro lado, está o psicodélico economista e deputado Milei. As últimas pesquisas deram como estando eles tecnicamente empatados, com ligeira vantagem para Javier Milei.
Milei tem dito que, se for eleito, vai dolarizar a moeda argentina, além de dizer que não vai conversar com a China e com o Brasil. O Javier candidato é ultra direita e Xi Jinping/Lula são ambos de sangue ou viés comunista. Assim como aqui, o lado ideológico tem marcado as campanhas de ambos e deve continuar – até porque a Argentina ficará dividida, independente do resultado, tal qual o Brasil – e quem sofrerá com isso serão os mais pobres.
Como dissemos na aludida matéria, todos sabemos que, o discurso de quem for eleito, neste domingo, terá sido “para inglês ver”. Quando sentar-se na cadeira presidencial, tudo mudará, num piscar de olhos. Será dado início à frustração de quem no seu candidato eleito acreditou. É que, assim como foi aqui – com Bolsonaro e agora com Lula (as pesquisas mostram isso), a decepção com o Governo do eleito poderá ser igual ou pior do que no Brasil.
Parte da motivação do voto dos argentinos se dá mais pele inconformismo com as gestões desastrosas do passado, do que, propriamente pelos “méritos” de Milei ou de Massa. Qualquer semelhança com o Brasil, não será mera coincidência. Mas, enfim, o fato é que, independente de quem for eleito por lá e, já que “voto não tem preço, tem é consequência”, depois não adianta reclamar. Não chorem por si, argentinos!
2 thoughts on “Chorem por si, argentinos!”
Tenham os brasileiros como exemplo de uma eleição tomada por ideológicas, fascistas,corruptos, ambiciosos pelo poder, um país dominado sem Justiça, onde o crime parece compensar, onde o governante tira a vida / água do povo carente de onde ele nasceu, aliado a terroristas, condenado wm três instâncias, onde em meio a negociações esdrúxulas o ” descondenaram” . Este é o exemplo de país que vcs hermanos querem para vossa nação? Essa não é a melhor opção. Pensem!
Opinou e será respeitado. Muito obrigado pela honrosa colaboração.