Tem dito este Blog do Machado que, a deputada federal Marília Arraes (PT) é o também deputado federal João Campos (PSB) e vice-versa. Agora, com a confirmação de que a petista será de fato, candidata, nossas conjecturas se aproximam da realidade. Toda a encenação de Marília, em dizer-se adversária do PSB, tendo como pano de fundo a briga dela no passado, com alguns parentes (leia-se ex-governador Eduardo Campos) e que por isso, caso seja eleita prefeita do Recife, estaria pondo fim ao longo período deles no poder, na prática, não passa de discurso pra boi dormir.
Não é segredo pra ninguém que, as próximas eleições deste ano, serão ensaio ao ambicioso projeto nacional dos petistas, de voltarem ao poder em 2022 e, como tal, ser Governo na estratégica cidade do Recife é ter um íma na mão, para atrair o PSB e toda a esquerda historicamente aliada, para uma frente ampla, contra Jair Bolsonaro.
Não é heresia alguma dizer que, ao PT nacional, a rigor, não faz diferença quem seja eleito: Se Marília ou se João Campos. Contanto que seja um dos dois. Eis porque a neta de Arraes acaba sendo peça de artilharia estratégica importante, especialmente quando ao que parece, está bem avaliada, perante o eleitorado de esquerda do Recife, haja vista que, em pesquisa realizada, estaria ligeiramente à frente dos dois segundo colocados, Patrícia Domingos e Mendonça Filho. É fato que, o PSB há muito passou de coadjutor a protagonista, no processo político em Pernambuco, como já se queixou o próprio ex-presidente Lula e nada melhor do que apresentar a outra face da mesma moeda. PT e PSB, em termos nacionais são exatamente a mesma coisa. Traduzindo: No plano municipal, até às eleições de 2022, caso eleita agora, Marília até se passaria por oposição ao PSB, no Estado. Após isso, PT e PSB serão a mesma coisa. E para o eleitor, o que isso interessa? A resposta é simples: É que para os críticos mais antenados, Recife continuaria subjugado à controvertida e fatigada forma de governo da chamada Esquerda Progressista que, de “sista” não tem nada. Daí porque, VOTAR EM MARÍLIA, É VOTAR EM JOÃO CAMPOS. Ponto.
