A Bancada Cristã será composta por deputados federais católicos e evangélicos

“A criação da bancada cristã reforça o direito dos parlamentares de organizarem-se para promover o debate público à luz de seus valores e convicções, garantindo maior articulação e visibilidade às pautas que defendem a família, a vida, a justiça social e a liberdade de expressão da fé”, diz o texto da proposta de autoria dos presidentes das frentes parlamentares católica e evangélica, deputados federais Luiz Gastão (PSD-CE) e Gilberto Nascimento (PSD-SP) respectivamente.
Se o projeto for aprovado no Plenário, a nova bancada será “composta por parlamentares que professam a fé cristã”: um na coordenação-geral e três nas vices-coordenadorias. O líder da bancada poderá participar das reuniões do Colégio de Líderes da Câmara, com direito a voz e voto; usar da palavra, pessoalmente ou por delegação, durante o período destinado às Comunicações de Liderança, por cinco minutos, semanalmente, “para dar expressão à posição dos parlamentares cristãos da Casa quanto à votação de proposições e ao conhecimento das ações de interesse da bancada”, diz o projeto.
O presidente da Frente Parlamentar Católica, deputado federal Luiz Gastão (PSD-CE) disse que, “quando se fala em criar a bancada cristã, o que se pretende é discutir como foi e como é a formação do povo brasileiro” visto que “mais de 80% da população brasileira e de todos os espaços públicos são cristãos” e a Constituição “garante liberdade de manifestação da fé de todas as formas”.
Para a líder do Psol na Câmara, deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ), esse projeto é “inconstitucional” porque “o espaço político não pode privilegiar com voz e voto no Colégio de Líderes uma fé professada”.




