É insana, antidemocrática e inaceitável, a atitude do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em preferir ir na contramão das democracias do Continente – como ocorreu no último sábado (20) em Foz do Iguaçu-PR – onde líderes do Mercosul estiveram reunidos, na 67a Reunião do Bloco – quando, exceto o Uruguai, todos assinaram um documento, que preconiza respeito à democracia e aos direitos humanos, na Venezuela, ora subjugada pelo ditador Nicolás Maduro.

Fala-se que Lula não o assinou, sob alegação de que o mesmo não fazia menção à presença militar dos Estados Unidos, nas cercanias do país vizinho. Ora, convenhamos! Então, a aludida e alegada omissão no texto foi mais grave do que a violação dos direitos humanos, bem como aos princípios democráticos?

Essa é uma questão. A outra questão sintomática e não menos grave, é o fato de que o líder brasileiro nunca se deu ao trabalho de pressionar o ditador venezuelano que, não tendo apresentado as atas de votação que pudessem legitimar sua reeleição, fez ouvido de mercador ao resto do mundo e o que é pior: passou a perseguir seus opositores. Prova disso foi que o então candidato vitorioso (Edmundo González) foi obrigado a fugir para o exterior, cuja perseguição não foi menor, em relação à Maria Corina Machado, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz.

Lula adora flertar com ditaduras e quem não lembra das críticas que fez ele à Israel, quando revidou o massacre do grupo terrorista Hamas? Quem não lembra de ter ele dito que, a invasão da Rússia à Ucrânia foi por culpa do país invadido? Quem não sabe das predileções do Lula pelo regime dos aiatolás, no Irã?

Que ninguém gosta de ver os americanos prestes a invadirem a Venezuela, isso é fato. Mas fazer “vista grossa” ao sofrimento de milhões de irmãos venezuelanos, por um psicopata que oprime seu próprio povo, aí já é demais. Falar em democracia e estado democrático de direito, da boca para fora, é fácil. Difícil é pôr o discurso em prática. Isso é tudo o que Lula precisa fazer e não faz. Não é da índole dele, fazê-lo.

Dizer que a intervenção dos EUA no país vizinho põe em perigo a instabilidade do Continente é fazer discurso para inglês ver, porque a entrada de venezuelanos, aos milhares do Brasil e outros países sul americanos, causa transtornos e instabilidade igual ou até maior.

A presença militar dos americanos na Venezuela não é mais danosa do que aceitar uma ditadura que a cada dia fica mais isolada do resto do mundo democrático. O Governo Lula – leia-se a diplomacia brasileira, no Governo Lula – foi inoperante e perdeu o bonde da história, em não fazer valer o peso que deveria ter, de maior potência da América Latina e, como tal, bem poderia ter persuadido seu “dileto amigo” Maduro, a jogar o jogo democrático; porque o o Céu não é assim tão perto, quanto parece ser. Mais claro do que isso, só desenhando!

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