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Natal: uma festa cristã de sentido desvirtuado

Natal: uma festa cristã de sentido desvirtuado

Natal: uma festa cristã de sentido desvirtuado

Natal: uma festa cristã de sentido desvirtuado

“Tudo seria bem melhor/Se o Natal não fosse um dia/E se as mães fossem Maria/E se os pais fossem José
E se a gente parecesse/Com Jesus de Nazaré”.

Poucas afirmações são tão verdadeiras, como esta, contida numa das estrofes da canção – “Estou pensando em Deus” – do famoso padre católico José Fernandes de Oliveira, o “Padre Zezinho, SCJ”.

Como toda criação, quer humana quer divina, vamos sempre encontrar o “joio no meio do trigo” a desvirtuar o propósito, para o qual fora criado.

Não é de admirar que, o surgimento do Natal objetivara celebrar a chegada do Filho de Deus – que se encarnou para salvar a raça humana – tal objetivo foi desvirtuado com o passar do tempo, com destaque para os três últimos séculos.

Do ponto de vista ascético e espiritual, tornou-se escandaloso ver que, forças do mal bem arquitetadas conseguiram sorrateiramente impor sua “cultura laical”, para desviar as atenções do profetizado nascimento de Jesus Cristo, com ingredientes palatáveis ao gosto do mundo, a começar pelo “Papai Noel”, no lugar do Papai do Céu. E é claro, não ficou apenas nisso.

Ante às ordens do grande deus capital, era preciso germinar outra erva daninha, plantada no apelo ao consumo e aos prazeres que, de braços dados com papai noel, Natal sem presentes e sem mesa farta não seria Natal. Claro! Sem isso, o agressivo marketing mercadológico não turbinaria a economia e, por tabela, não ensejaria arrecadação, emprego e renda. Era tudo o que a selvageria do mundo capitalista necessitava.

Mas isso só seria completo, se o Natal se tornasse (como de fato se tornou) pano de fundo para o engodo da “fraternidade entre pessoas e povos”. Como se sabe, sem os conhecidos clichês e sem a massificação dos incautos, não haveria “emoção e espírito solidário, no natal”, ainda que seja só no Natal.

Uma tempestade de publicidades nos meios de comunicação e agora nas redes sociais espalham-se mundo afora como nunca antes. Na prática, não dura mais que alguns dias, até chegar o grande dia (25 de dezembro). 24 horas depois, o rescaldo do Natal só vai ser notícia, na mídia, quando se noticia a volta dos consumidores para trocar aqueles presentes que por alguma razão precisam ser trocados. E é preciso que assim seja, porque, fazendo isso, o “cristão consumista” acaba comprando mais, para deleite próprio, do comércio, da indústria e do próprio Governo.

Pois muito bem. Amanhã veremos que houve festas, presentes, confraternizações, celebrações de todo tipo e para todos os gostos, mas… e a parte mais urgente e necessária, capaz de justificar tanta celebração?

A propósito, as Sagradas Escrituras preceituam e sabemos que desde o Antigo Testamento é imperioso preparar o caminho, endireitando as veredas, visando agora, a conversão do mundo cristã. Mas, onde estão os sinais evidentes de conversão, rumo à santidade, sem a qual não se entra no Céu?

A pergunta agasalha-se no fato de que, bem ao contrário do desejável e ideal, o que se vê é egoísmo, vingança, falta de perdão, corrupção desenfreada, injustiça, mentira, busca do prazer e do poder, violência de todo tipo, tudo isso fruto da inversão de valores éticos, morais e cristãos, a perder de vista.

Aqui pra nós: àqueles que ainda nada entenderam, não seria melhor ser coerente e deixar de iludir-se a si e aos outros, preconizando um “natal fake newes”? Aliás, não seria ainda melhor, criar vergonha na cara e fazer jus aos atributos adquiridos no batismo (sacerdócio, profetismo e realeza), já que a eternidade está a um passo e que todos morreremos um dia e como tal, prestaremos contas a esse Jesus Menino tão cantado e decantado no Natal?

O que não dá é para eternizar o Natal, como sendo uma festa de sentido desvirtuado. Ou será que dá?

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