
João Carlos Paes Mendonça, um dos maiores empresários brasileiros e presidente do Grupo JCPM, concedeu entrevista ao Programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta segunda-feira (27), quando criticou políticos e falou de um cenário de incertezas para o País, para 2026.
JCPM expressou otimismo cauteloso com o cenário econômico atual, mas manifestou preocupações com a perspectiva fiscal e a falta de planejamento de longo prazo no país, especialmente em ano pré-eleitoral. Reconheceu, portanto, o momento positivo, mas alertou para as incertezas futuras.
“Não sei se 2026 como vamos crescer, porque este ano já está com problema fiscal muito forte, o governo gasta muito, porque está toda hora apresentando projetos para angariar mais simpatia, para obter votos”, afirmou.
Disse ainda que, “No próximo ano vai ser eleição, vai continuar do mesmo jeito ou vai piorar. Não sabemos o que está na cabeça dos comandantes da economia do Brasil”.
O presidente do JCPM – que engloba o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação – fez um apelo por uma mudança de foco na política, pedindo que líderes priorizem resultados sustentáveis em vez de ganhos imediatos. “Acho que temos que esperar que as pessoas pensem nas pessoas, e não nos votos, para que a gente realmente reduza essa disparidade, essa pobreza”, declarou.
Criticou a ineficiência do combate à desigualdade ao longo das décadas. “Tantos anos que se fala em pobreza e fome, e não se resolve. Não tem um planejamento de como resolver o problema dessas pessoas, para que não fiquem pedindo toda hora projetos sociais. Será que isso é o bom, correto, humano?”
“Humano é as pessoas não dependerem de ninguém, depender de si próprio, isso que é importante, e não estamos vendo isso mudando. É preciso deixar de puxa-saquismo e interesses pessoais, e trabalhar em prol do desenvolvimento das pessoas. Quando é bom, é para aplaudir, mas quando é ruim, é para criticar, mesmo!
Criticou a burocracia e diz que não tem medo de falar a verdade
João Carlos Paes Mendonça apontou como entrave, a burocracia, nas gestões, especialmente no Recife, apesar de ter elogiado as gestões do ex-prefeito João da Costa (PT) e Geraldo Júlio (PSB). “Uma das coisas péssimas dos governos é a burocracia. É uma má vontade para aprovar projetos, é um negócio que passa anos e anos, é um atraso. Entra governo e sai governo e não se resolve isso”, lamentou.
Ainda criticou as desigualdades regionais, no País: “Você chega em São Paulo, é uma maravilha, especialmente quanto à infraestrutura. São Paulo é uma maravilha, um país, você vibra com São Paulo, estradas em todo lugar, tem 9 ou 10 vias importantíssimas e Pernambuco, nada”. A única rodovia que temos é a BR 232, feita pelo governador Jarbas Vasconcelos. Agora é que se está começando a ver novamente alguma coisa. Eu falo mesmo, não tenho medo”.




