- Não nos cansaremos de dizer que a insensatez parece ser mesmo a marca registrada dos nossos dias e os fatos mostram isso. Pois não é que uma vereadora do Recife (Liana Cirne do PT) acaba de ingressar com uma notícia crime no Supremo Tribunal Federal contra a deputada federal eleita por Pernambuco Clarissa Tércio do Partido Progressista? A matéria teve origem no Blog de Prefeitura, com repercussão, no Blog do Magno.
Na ação Liane Cirne pede a suspensão da posse da parlamentar como deputada federal, na Câmara dos Deputados, além do seu enquadramento pelos crimes de terrorismo e incitação ao terrorismo.
Na aludida peça processual, Liana solicita ao STF a inclusão da notícia crime protocolada nos autos da INQ 4.879/DF, que investiga os atos antidemocráticos; autorização para a instauração, por parte da Polícia Federal, de procedimento investigativo; suspensão da diplomação da posse da parlamentar como deputada federal; proibição de seu ingresso nas dependências do Congresso Nacional e remoção de seus perfis nas redes sociais onde o vídeo foi postado.
É como se nos governos passados do próprio PT certos atos praticados (inclusive invasão do Planalto) tudo fosse “tolerável” e agora nem mesmo manifestações antidemocráticas pudessem ser ditas. É como se o livre exercício de pensar e se expressar, não mais fossem permitidos. É como se estivéssemos numa ditadura, com todos os contornos de amordaça.
Se é verdade que os atos terroristas praticados no domingo passado são absolutamente inaceitáveis, também é verdade que, se alguém quer mesmo ver o País pacificado, terá que ter discernimento e equilíbrio para não açodar ainda mais os ânimos, para não incendiar o Brasil. De fato, a atitude da eleita deputada federal, Clarissa Tércio (PP) foi infeliz, descabida e inoportuna. Mas não ao ponto de ensejar as medidas pleiteada pela citada vereadora.
Como advogado militante há mais de 30 anos, poucas vezes vi parlamentar com formação em direito (a vereadora é professora de Direito da UFPE) tão precipitada. Isso está na contramão das declarações do ex-juiz federal, Flávio Dino, hoje ministro da Justiça que, alto e bom som, disse diante das câmeras, horas depois do ocorrido: “… Queremos paz e unir o País. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, eu juro!”. Isso, sim, é postura de alguém que, além da formação acadêmica e do currículo que tem, age com prudência e discernimento, sem abrir mão do propósito de agir conforme a Lei.
Liane Cirne, ao protocolar a aludida ação, foi inconsequente e sequer se deu conta de que, como parlamentar do PT deveria ter evitado agir por si, para não circunscrever-se na condição de suspeita e ilegítima. Demonstra que, na verdade estaria mesmo é surfando na onda dos que preconizam o “dente por dente, olho por olho…” .
Age a vereadora do Recife, como alguém que quer a desgraça de Clarissa Tércio ou ainda pelo simples fatos de querer aparecer, sem se dá conta de que isso só faz colocar mais azeite numa fogueira, cuja temperatura já é alta. Imaginem se todos os vereadores petistas do Brasil protocolassem notícia crime, contra os demandados ou contra quem quer que seja!
Por essa e outras é que, Liane Cirne parece mesmo ter enlouquecido. Logo ela, uma professora de Direito! Calma, professora! O Brasil precisa de paz!
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